Já alguma vez ponderou quantos tipos de solda existem?
Com a necessidade de se soldar cada vez melhor e ao mesmo tempo em mais segurança, criaram-se diversos tipos de processos.
Atualmente existem bastantes que são usados em grande parte das soldaduras. Porém, alguns que se destacam e são mesmo esses que queremos que conheça!
Tipos de solda: Conheça os 4 principais
Devido à constante necessidade de facilitar o trabalho de soldar foram desenvolvidas, ao longo dos anos, diversos tipos de solda. Algumas continuam a ser usadas, enquanto outras foram esquecidas.
Cada um dos processos têm características e funções muito específicas. Sendo necessário ter um conhecimento aprofundado para saber qual delas usar.
Isto porque é preciso perceber os objetivos da solda e o resultado final que é pretendido. Vamos agora apresentar-lhe os 4 processos de soldadura mais utilizados.
1- Elétrodo Revestido
Por ser um tipo de solda muito simples, versátil e de baixo custo é dos mais comuns. O processo envolve:
- Fonte de corrente constante;
- Elétrodo revestido;
- Porta elétrodo;
- Pinça de massa;
- Cabos;
- Peça a ser soldada;
- EPIs.
O elétrodo cobre-se com um revestimento de metal que se se funde e cria um gás protetor quando o calor é criado. É comum criar-se escória, mas é importante retirá-la para não prejudicar o processo.
A grande vantagem é que pode ser feito em qualquer superfície plana, horizontal, vertical ou até mesmo em lugares elevados.
Ainda é menos sensível a correntes de ar comparando com soldas de gás de proteção, sendo esta uma das grandes vantagens.
2 – MIG/MAG (gás metálico inerte)
Esta soldagem, por norma, é usada em ambientes interiores, onde correntes de ar não conseguem deslocar o gás protetor. Porém, com blocos de sopro, como folhas de plástico, pode ser usada no exterior.
O objetivo é criar um arco entre a peça e o arame. Os elementos usados variam de acordo com os tipos de solda.
Na MIG (Metal Inert Gas) usa-se: árgon, aços inoxidáveis e cobre. Na MAG (Metal Active Gas) recorre-se a uma mistura de dióxido de carbono, árgon e as respetivas ligas.
As principais vantagens deste método são:
- Consegue soldar em qualquer posição;
- Não há perdas de pontas nem necessidade de remover a escória;
- Alta taxa de deposição;
- Altas velocidades de soldadura.
3 – TIG (gás inerte de tungsténio)
O processo TIG é bastante frequentemente usado na indústria alimentar, soldadura de passe de raiz e soldaduras de manutenção.
O arco elétrico é estabelecido entre a peça e o elétrodo de tungsténio, assim ambos são protegidos contra os efeitos do ar atmosférico.
O TIG foi criado para haver uma maior eficiência ao soldar materiais difíceis, como o alumínio e magnésio.
O que o distingue é o facto de dar um acabamento melhor, ótima qualidade de propriedades mecânicas e poder ser feito em praticamente qualquer posição.
É considerado um tipo de solda de alta qualidade devido ao controlo que se consegue ter sobre a poça de fusão.
4- Arco Submerso
Neste processo usa-se um calor produzido pelo arco elétrico para fundir os metais. Os materiais usados são: fonte de energia, arame de adição, um alimentador do arame e o fluxo a ser usado.
Podemos afirmar que é um processo simples, realizado de forma automática e com um rendimento muito alto. Conseguindo, ao mesmo tempo, ter uma segurança elevada e taxas de deposição muito satisfatórias.
Contudo, tem algumas limitações, devido ao facto de depender da distribuição do fluxo. Isto faz com que só seja usado em soldaduras planas e horizontais, sendo necessário uma chapa com espessura superior a 6 mm.
Mesmo com estas barreiras destaca-se graças:
- Elevada velocidade de soldadura;
- Maiores taxas de deposição;
- Maior segurança para o soldador;
- Elevada intensidade de corrente;
- Boa integridade do metal de solda;
- Processo fácil.
Estes são os quatro tipos de solda mais utilizados. Lembre-se que devem ser sempre realizados por profissionais de forma a garantir a segurança das construções.